2006/04/19

 

A Independência (10): Assegure-se que as acções trazem consequências

Se você diz ao seu filho que deve chegar a casa às 10 da noite, não ignore sua chegada a casa às doze. Você perde a sua credibilidade com o seu filho se não o faz sofrer as consequências por ter chegado duas horas atrasado. No entanto, o castigo deve ser proporcional à ofensa. Um castigo de seis semanas interfere com os planos de toda a família. É melhor falar com ele sobre como o seu atraso o afectou a si. Não tem descansado à sua espera. Mas você ainda tem que se levantar à hora do costume de manhã, preparar o café da manhã, fazer os trabalhos da casa e ir para o trabalho. Mas a falta de consideração do seu filho causou-lhe vários inconvenientes, portanto ele terá que fazer-se responsável por alguns de seus deveres para que você possa ir para a cama cedo amanhã.

Finalmente e apesar de tudo o que se escuta ou se lê, os adolescentes confiam nos seus pais mais que em nenhuma outra pessoa para guiar a formação de suas vidas. No que à moral e à ética concerne, crenças políticas e religiosas, os adolescentes quase sempre têm mais em comum com os seus pais que o que eles se dão conta. Como pai de família, procure além do superficial, mais profundamente que o que o comportamento sugere para descobrir a pessoa que seu adolescente está a ponto de tornar a ser. Seu adolescente talvez queira tingir o cabelo de roxo, ou fazer perfurações em todo o corpo, mas estas expressões podem não estar relacionadas com quem ele é e quem chegará a ser. Mas se bem que muitos dos comportamentos do seu adolescente não sejam de maiores consequências, alguns não só podem ser prejudiciais como mortais.

Os pais necessitam falar com os seus filhos e aclarar-lhes que muitas das ameaças à sua saúde e felicidade no futuro não sucedem por acaso, se não porque assim o escolheram — decisões como beber álcool e conduzir, fumar, consumir drogas, entrar na actividade sexual e abandonar os estudos.

As investigações indicam que os adolescentes que exercem um comportamento arriscado têm mais probabilidade de exercer outros, então os pais devem ser directos e francos e falar a seus filhos sobre as consequências mortais que comporta abrir essa caixa de Pandora.

(Conclusão do capítulo)

2006/04/06

 

A Independência (9): Permita que cometam erros

Todos queremos que nossos filhos cheguem a ser adultos que possam resolver os seus problemas e tomem boas decisões. Estas habilidades são parte íntegra da independência. No entanto, para desenvolver estas habilidades, os adolescentes talvez necessitem fracassar um pouco, sempre e quando os riscos não sejam muito sérios e nem a saúde nem a segurança os coloquem em perigo. Cometer erros também lhes ensina uma destreza muito importante — como recuperar-se de um mau passo. É muito difícil que um jovem aprenda como levantar-se por si mesmo e começar de novo se os seus pais sempre o resgatam das dificuldades da vida.

 

A Independência (8): Guie-o, mas resista à tentação de controlá-lo

Na secção anterior falamos sobre a importância de adoptar uma atitude balanceada entre impôr regras duras e dar-lhes muita liberdade. Com a maioria dos adolescentes, a maneira mais fácil de alcançar este equilíbrio é ao guiá-los sem controlá-los. Os adolescentes necessitam oportunidades para explorar diferentes papeis, provar novas personalidades e experimentar. O que implica que cometerão erros e deverão aprender a aceitar os resultados. Mas os pais necessitam guiá-los para que os jovens evitem cometer muitos erros.

Você pode ser um bom guia ao escutar cuidadosamente e fazer perguntas que ajudem a que seu filho reflicta sobre as consequências das suas acções: " Que sucederia se permitisses que um amigo bêbado te traga a casa?" Seus conselhos serão mais aceites e prezados se você também lhe pede conselhos e os segue, sempre e quando sejam razoáveis: " Que cozinhamos para a festa de aniversários do papá?" "Não tenho que trabalhar no sábado. Há algo especial que querues que façamos?"

A divisa entre guiar e controlar pode ser diferente para cada pessoa. Algumas crianças, quer já tenham 7 ou 17 anos de idade, necessitam maior firmeza e menos privilégios que outras crianças da mesma idade. Uma professora nos explica como as diferenças no comportamento dos seus dois adolescentes criaram a necessidade de definir os limites para cada um: "Minha filha entendeu muito bem que se se supunha que chegasse às doze da noite, isto significava que devia estar atrás das portas fechadas antes das 12, ou já deveria ter chamado da sala de urgência para informar que tinha partido uma perna. Meu filho, 15 meses menor que ela, pensava que a mesma regra significava que a hora de chegada das 12 significava que às 11:59 nos chamaria para informar-nos que chegaria depois de comer a pizza que ele e seus amigos acabavam de pedir e depois de ter deixado a seis de seus amigos nas suas casas."

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